Notícia da Folha de São Paulo e da Reuters
Fidel diz que acordo Colômbia-EUA facilita intervenção americana na região
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da Reuters, em Havana (Cuba)
O ex-ditador cubano Fidel Castro disse nesta quinta-feira que uma maior presença militar dos Estados Unidos na Colômbia serviria como plataforma para futuras intervenções americanas na região. Os dois países enfrentam duras críticas dos líderes de esquerda sul-americanos contra o acordo militar que permite aos americanos utilizar até sete bases militares colombianas.
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O acordo deve dominar --apesar da resistência da Colômbia-- as discussões da reunião da Unasul (União de Nações da Sul-Americanas) nesta sexta-feira na Argentina. A reunião foi convocada depois da cúpula do órgão regional em Quito, no Equador, que, sem a presença do presidente colombiano, Alvaro Uribe, preferiu adiar a polêmica.
"O único propósito dos Estados Unidos com essas bases, é colocar a América Latina ao alcance de suas tropas em questão de horas", escreveu Fidel, 83, no site oficial Cubadebate.cu.
A expansão da presença militar americana na Colômbia tem incentivado declarações duras da Venezuela e preocupado até os governos mais moderados da América do Sul. Se aprovado, o acordo permitirá aos EUA manter 1.400 pessoas, entre militares e civis, em bases na Colômbia, pelos próximos dez anos. Os dois aliados afirmam que o acordo não é novo, mas apenas uma extensão do acordo de combate ao narcotráfico e às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) chamado de Plano Colômbia.
Fidel disse nesta quinta-feira que o combate ao narcotráfico, o terrorismo, o tráfico de armas e outros argumentos dos EUA para aumentar sua presença militar na Colômbia são "cínicos".
No texto publicado quinta-feira na Internet, Fidel afirma que os EUA reativaram no ano passado a 4ª Frota de suas Forças Armadas para agredir a Venezuela.
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