sexta-feira, 14 de agosto de 2009

ONG rebate críticas e denuncia guerra de propaganda de Israel contra denúncias

Notícia da FOlha de São Paulo de hoje

ONG rebate críticas e denuncia guerra de propaganda de Israel contra denúncias
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da France Presse, em Jerusalém
da Folha Online

A organização de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) denunciou nesta sexta-feira uma "guerra de propaganda" por parte de Israel para desacreditar os seis relatórios que a ONG divulgou recentemente e nos quais denuncia violação de direitos humanos e assassinato de civis inocentes durante a ofensiva israelense de dezembro e janeiro na faixa de Gaza.

"Ao invés de abordar seriamente as informações coletadas por organismos de defesa dos direitos humanos em Gaza, o governo israelense lançou contra eles uma guerra de propaganda", afirma em um comunicado Iain Levin, diretor de programa da HRW.
Kevin Frayer-25jan.09/AP
Palestina com criança passam por escombros do bairro de Jabaliyah, em Gaza, após ataques israelenses em grande ofensiva
Palestina com criança passam por escombros do bairro de Jabaliyah, em Gaza, após ataques israelenses em grande ofensiva

"Se o governo israelense quer calar as críticas, deveria investigar seriamente os erros cometidos pelo Exército e punir os mesmos", completou.

Um relatório da HRW de 63 páginas, elaborado a partir de depoimentos e de exames médicos e balísticos, indica que os soldados israelenses mataram em sete ocasiões 11 civis palestinos e feriram pelo menos oito civis que agitavam bandeiras brancas.

A operação israelense contra o movimento islâmico radical Hamas, que controla a faixa de Gaza, foi de 27 de dezembro a 18 de janeiro. A ofensiva deixou, segundo o Centro Palestino de Direitos Humanos, 1.434 palestinos mortos --incluindo 960 civis, 239 policiais e 235 militantes. Já as Forças de Defesa israelenses admitiram ter matado 1.370 pessoas, incluindo 309 civis inocentes, entre eles 189 crianças e jovens com menos de 15 anos.

Em quatro informes anteriores, a ONG denunciou Israel de violação das normas do direito internacional que obrigam um país beligerante a distinguir entre objetivos civis e militares.

Um quinto informe classificou de "crimes de guerra" o lançamento de foguetes contra civis israelenses por parte do Hamas.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e o Exército de Israel questionaram a credibilidade do informe --que classificam como difamatório-- e da própria organização.

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