Fracassou a tentativa dos partidos de esquerda uruguaios de revogar a Lei 15.848 (Ley de Caducidad de la Pretensión Punitiva del Estado), mais conhecida como Lei da Caducidade ou, por seus críticos, como "Lei da Impunidade".
Segundo o jornal "O Globo" de hoje, 27 de outubro de 2009, os partidários da revogação não alcançaram os 50% +1 necessários à revogação.
Apesar disso, o governo do presidente Tabaré Vázquez tem atuado no sentido de diminuir o alcance da lei. Segundo noticiou hoje a agência de notícias italiana "Ansa":
O governo do Uruguai excluiu outro caso do âmbito da Lei de Caducidade, que anistiou oficiais acusados por crimes de lesa-humanidade cometidos durante a ditadura militar do país (1973-1985). De acordo com fontes governamentais citadas pelo jornal Ultimas Noticias, o presidente Tabaré Vázquez, da coalizão esquerdista Frente Ampla, retirou o caso de María Isabel Sosa Bustos do alcance da norma. No último dia 20, o governo do país aprovou uma resolução que permitiu a abertura de um inquérito para investigar a morte do militante argentino Gerardo Alter, também excluindo o caso da Lei de Caducidade.
Sua equivalente brasileira, a "Lei da Anistia" (Lei n° 6.683), também vem sendo objeto de questionamentos, inclusive do próprio Ministro da Justiça Tarso Genro, que vem defendendo o julgamento dos militares envolvidos em práticas de tortura e assassinatos, que não estariam cobertas pela lei.
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