segunda-feira, 1 de junho de 2009

Israel e a Cisjordânia ainda em ocupação

Notícia da agência Reuters publicada no site de notícias msn.com.br



Netanyahu desafia apelo de Obama por suspensão de assentamentos

Por Jeffrey Heller e Adam Entous

JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desafiou na segunda-feira o apelo dos Estados Unidos pela paralisação da ampliação dos assentamentos, afirmando que "não seria razoável" proibir a expansão dos encraves judaicos na Cisjordânia ocupada.

Mas, num aparente gesto ao presidente Barack Obama, que busca retomar o processo de paz no Oriente Médio e na quinta-feira estará no Egito para fazer um pronunciamento ao mundo islâmico, autoridades israelenses disseram que Netanyahu pode atenuar o bloqueio comercial que afeta o cotidiano dos palestinos na Faixa de Gaza, sob o comando do Hamas.

Fontes israelenses e ocidentais disseram que Israel poderia autorizar a entrada de materiais para a reconstrução de Gaza, muito destruída durante a ofensiva de três semanas de Israel contra o Hamas no começo do ano.

Em Nablus, na Cisjordânia, colonos irritados com a desocupação "manu militari" de um posto avançado em um morro, incendiaram lavouras palestinas e apedrejaram motoristas.

Mas o novo governo norte-americano não parece disposto a ceder à pressão dos colonos, o que dificultaria a busca de Obama por apoio dos árabes. Diplomatas dizem que EUA e União Europeia estão avaliando medidas com as quais poderiam pressionar seu aliado Israel.

Uma fonte do governo direitista israelense disse que "o governo Netanyahu está agindo igual aos seus antecessores, o que mudou foi a política do governo americano (que) está tentando sair dos entendimentos alcançados durante o governo (de George W.) Bush."

Falando na segunda-feira a uma comissão parlamentar, Netanyahu defendeu "a razão e a lógica" ao lidar com os assentamentos na Cisjordânia, um território palestino que Israel capturou na guerra de 1967.

Obama, que está no cargo há quatro meses, pediu a Netanyahu, no cargo há dois meses, que siga o plano de paz norte-americano de 2003, que estabelece o congelamento das colônias judaicas.

O governo Netanyahu diz que isso não pode incluir a expansão natural decorrente do crescimento das famílias de colonos. "Não se pode congelar a vida", disse Netanyahu, segundo uma fonte do governo.

A Corte Mundial qualifica os assentamentos como ilegais, mas o governo israelense se dispõe apenas a remover pequenos postos avançados dos colonos, instalados sem autorização oficial.

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