Notícia do site da Folha de São Paulo sobre a crise econômica.
da Folha Online
A GM (General Motors) faz neste domingo (31) os últimos ajustes para anunciar o pedido de concordata, provavelmente amanhã. Hoje, foi anunciado que 54% dos dos credores aceitaram trocar US$ 27 bilhões de seus débitos por 10% da "nova GM", que surgirá após a reestruturação empresa --eles têm autorização para comprar mais 15% depois.
Segundo o jornal "The Wall Street Journal", o pedido de concordata será feito na manhã desta segunda-feira (1º), no tribunal de falências de Nova York. O executivo Al Koch, um especialista nesse tipo de assunto, será nomeado como chefe do processo de restruturação, diz o jornal. A empresa convocou a imprensa para uma entrevista coletiva nesse dia, mas não revelou os motivos.
O "WSJ" afirma que, inicialmente, o acordo com os credores era visto como uma forma de evitar o pedido de proteção ao "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). Entretanto, agora a posição dos credores é importante para que a montadora saia rápido desse processo de recuperação.
Também nesta segunda-feira, é esperado que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, faça um anúncio sobre os planos do governo para a GM. A mensagem será a de que o governo pode salvar a GM e a Chrysler, que já aderiu ao "Capítulo 11", e recuperar os investimentos dos contribuintes.
A GM ainda corre para cumprir o prazo de apresentar o plano para reorganização nesta segunda-feira. A empresa já recebeu cerca de US$ 20 bilhões em empréstimos do governo e pode receber mais US$ 30 milhões caso declare a concordata, que deve durar entre 60 e 90 dias. Entretanto, segundo o "WSJ", deve demorar cerca de 18 meses até que a GM se torne uma companhia aberta novamente.
No processo de reestruturação, a empresa já anunciou o fechamento de fábricas, demissão de funcionários, venda de marcas e acordos para reorganizar seus mercados.
Por enquanto, o Tesouro dos EUA permanece como principal detentor da futura companhia, com 72,5% de participação acionária, seguido pelo sindicato UAW (United Auto Workers), com 17,5% dos títulos.
A montadora deu um grande passo nesta sexta-feira (29) quando a United Auto Workers aceitou a proposta de redução de custos. Além disso, o governo da Alemanha fechou acordo e a fabricante canadense de autopeças Magna vai assumir o controle da Opel, subsidiária alemã da GM.
O acordo visa proteger a Opel de cobranças caso a americana GM peça proteção ao "Capítulo 11" da Lei de Falências americana.
Com Associated Press
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