sexta-feira, 3 de julho de 2009

Mais Guerra

Interessante a declaração do general norte-americano dizendo que ao realizar a ofensiva forte e rápida se poupará vidas, o problema é que isso precisamente será feito "gastando" vidas, para falar com Darci Ribeiro.
Retratos também daquilo que os ideólogos da Guerra norte-americanos trataram como uma das maiores ofensivas aérea dos tempos modernos. Imagino que a OTAN deva estar nesse momento se lembrando de que vem superando os feitos da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, que clamava por ter a maior e mais preparada Força Aérea daquele tempo e foi quem precisamente introduziu o conflito aéreo enquanto estratégea específica de guerra. Grande feito!? Não é para se ver nada de grande nisso...

Marinha dos EUA avança em grande ofensiva no sul do Afeganistão
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da Folha Online

Milhares de marinheiros dos Estados Unidos avançaram nesta quinta-feira pelo território controlado pelo grupo islâmico radical Taleban em um vale do Afeganistão. A operação faz parte da maior ofensiva militar americana no país desde o anúncio do presidente Barack Obama de que iria intensificar o confronto aos terroristas.

Os marinheiros afirmam que a Operação Khanjar, "Golpe de Espada", será decisiva já que pretende retomar o controle de toda a parte baixa do vale do rio Helmand, centro da insurgência taleban no país e principal região de produção de ópio do mundo.


Ao avançar sobre a região, os militares esperam concluir em horas o que as tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) fracassaram em conquistar nos últimos anos e ajudar o governo afegão a garantir maior segurança para as eleições presidenciais de 20 de agosto.

"A intenção é ir grande, rápido e forte e, fazendo assim, salvaremos vidas dos dois lados", disse o general Larry Nicholson, comandante da Marinha no sul do Afeganistão, antes de iniciar a operação.

A violência no Afeganistão, associada diretamente aos ataques perpetrados pelo Taleban e pela rede terrorista islâmica Al Qaeda, alcançou seu maior nível desde a chegada das tropas americanas em 2001.

A operação marca o primeiro grande teste para a nova estratégia regional de Washington para derrotar não apenas o Taleban, mas seus aliados, e estabilizar o Afeganistão.

Com as novas táticas para expandir a guerra para o Paquistão e reforçar o investimento em treinamento das forças de segurança locais, os EUA esperam mudar o cenário de uma guerra que, admitem, não estão ganhando.

Grande

O Ministério da Defesa afegão confirmou nesta quinta-feira o início da "grande" ofensiva das tropas afegãs e americanas contra fortificações do Taleban na Província de Helmand (sul).

A ofensiva, anunciada ontem por fontes militares em Washington, começou às 5h (21h30 desta quarta-feira em Brasília), segundo um comunicado do ministério.

"A ofensiva vai durar até que recuperarmos estes distritos, que agora não estão sob controle do governo", afirmou o Ministério.

Marines americanos e efetivos do Exército e da polícia afegãos serão os encarregados de banir os talebans destas regiões, embora o Ministério da Defesa não tenha especificado quantos participarão da missão.

Fontes militares citadas ontem pela CNN disseram que 4.000 marinheiros americanos e cerca de 650 soldados afegãos estarão envolvidos na ofensiva.

Dezenas de aviões e helicópteros procedentes de várias bases das forças internacionais no Afeganistão deixaram pouco antes do amanhecer 4.000 marines americanos no vale do rio Helmand.

A missão deles é vigiar uma rota estratégica e uma ponte, além de entrar em contato com os habitantes, explicou o capitão Junwei Sun, 39, que comanda um batalhão de marines.

"Disse a meus homens que tudo o que fizeram para se preparar para esta operação significa que estão prontos para ir. Estamos preparados para que o inimigo oponha resistência", afirmou.

A primeira fase da operação deve durar 36 horas e tem como principais alvos os distritos de Garmser e Naua, próximos das zonas tribais do noroeste do Paquistão, a partir de onde os talebans executam vários ataques.

Estes distritos são feudos dos insurgentes, onde as forças internacionais --presentes no Afeganistão desde o fim de 2001, quando expulsaram os talebans do poder-- nunca conseguiram penetrar de maneira duradoura.

No distrito de Naua, os oficiais americanos acreditam que existem entre 300 e 500 combatentes talebans.

Saldo

O comandante Nicholson afirmou que as primeiras horas da operação se desenvolveram sem problemas. Ele relatou que apenas dois soldados ficaram levemente feridos na explosão de uma mina.

O Taleban afirmou, contudo, que um de seus militantes morreu e dois ficaram feridos. O porta-voz do grupo terrorista, Qari Mohammad Yousuf, afirmou que "11 soldados estrangeiros foram mortos e feridos."

O Ministério de Defesa do Reino Unido afirmou nem comunicado que dois soldados britânicos foram mortos em uma explosão no centro de Helmand em uma operação em Khanjar, também no sul do país.

Os militares morreram durante uma operação contra insurgentes perto de Lashkar Gah, capital da conflituosa Província de Helmand.

As forças britânicas --também com o apoio de americanos e afegãos-- estão lançando ataques no norte da capital de Helmand, enquanto os distritos onde a coalizão liderada pelos EUA pretende atacar os talebans estão situados mais ao sul.

No último dia 19 de junho, as tropas britânicas (sob comando da Otan) também lançaram uma ofensiva em Helmand, com a participação de cerca de 500 soldados. A Otan a qualificou na ocasião como "uma das maiores operações aéreas dos tempos modernos".

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