Segue abaixo reportagem sobre os novos "sem-teto" americanos publicado no site de notícias G1. São os novos pauperizados com a crise econômica que lhes retirou a moradia.
Crise financeira leva americanos a morar em barracas
Milhares de sem-teto ocupam as ruas da Califórnia. São os refugiados da crise, uma imagem impensável no país mais rico do mundo.
Nos Estados Unidos, uma imagem que quase ninguém jamais pensou que pudesse ver um dia: sem-teto, milhares deles, espalhados em uma das regiões mais ricas do planeta.
Em Sacramento, capital da Califórnia, a paisagem mudou. Centenas de tendas armadas da noite para o dia cobrem terrenos na beira de um rio. São os refugiados da crise. A cena lembra os acampamentos de desempregados da Grande Depressão dos anos 1930, mostrados em filmes como “As vinhas da ira”.
A Califórnia é um dos estados americanos mais atingidos pela recessão. O índice de desemprego, que chegou a 10% em janeiro, é mais alto do que no resto dos Estados Unidos. São 1,8 milhões de desempregados. Em grande parte, são famílias que perderam não somente o emprego, mas também as casas tomadas pelos bancos por falta de pagamento.
A “cidade das tendas”, como está sendo chamado o acampamento improvisado em Sacramento, já abriga 1,2 mil pessoas. A cada dia chegam mais 50. Até o ano passado, o americano John comprava um carro novo a cada ano e nunca imaginou que fosse acabar numa tendas.
Jim trabalhava em construção e morava numa boa casa, mas há meses não consegue trabalho. Corvin era vendedor de carros. Ele e a mulher, Tina, estão arrasados por terem de morar numa tenda e andar dois quilômetros até o banheiro mais próximo.
O prefeito da cidade, o ex-jogador de basquete Kevin Johnson, foi colega de colégio de vários desses sem-teto. Ele diz que a cidade não tem abrigos para tanta gente e terá de legalizar o assentamento.
Donativos começaram a chegar esta semana depois que um programa de TV mostrou a “cidade das tendas”. A freira Libby Fernandez organizou um sopão, mas só consegue alimentar metade dos refugiados – e não param de chegar novas vítimas da crise.
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