Outra notícia, ambas advindas do site da Folha de São Paulo acerca da situação na Coréia do Norte.
Premiê japonês ameaça Coreia no Norte após anúncio de lançamento de satélite
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colaboração para a Folha Online
O primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, disse nesta sexta-feira que não permitirá que um satélite norte-coreano atravesse o território japonês e advertiu que não ficará de braços cruzados perante o lançamento previsto pelo país, informou a agência Kyodo. Nesta sexta-feira, a Coreia do Sul condenou o possível lançamento do satélite e teve a passagem fronteiriça fechada.
Os Estados Unidos e Seul afirmam que a Coreia do Norte pretende fazer um ataque, a exemplo do ocorrido em 1998, quando disparou um míssil contra o Japão. Na época, Pyongyang também anunciou que se tratava de um "artefato lançador de satélites".
"Nenhum país permitiu jamais um teste de um míssil sobre seu território e eu não tenho intenção de observar o lançamento planejado", afirmou o primeiro-ministro japonês. Na manhã desta sexta-feira, Aso pediu para que a Coreia abandonasse os planos de lançar o foguete, embora o governo da Coreia do Norte assegure que se trata de um satélite.
"Eles podem chamar isso de satélite ou de outra coisa. Mas se trata de uma violação de uma resolução do Conselho de Segurança que proíbe que Pyongyang tenha qualquer atividade envolvendo mísseis. Nós protestamos e pedimos o cancelamento imediato", disse o primeiro-ministro que afirma que a qualifica o lançamento como uma "infração descarada da Resolução 1718 do Conselho de Segurança das Nações Unidas".
Ahn Young-joon/AP
Lançamento de satélite provoca apreensão mundial e Coreia do Sul mobiliza tropas aéreas e terrestres
Lançamento de satélite provoca apreensão mundial e Coreia do Sul mobiliza tropas aéreas e terrestres
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta quinta-feira que mesmo o lançamento de um satélite, como afirma o governo de Pyongyang, irá provocar uma tensão na região.
O ministério de Relações Exteriores japonês anunciou que os enviados nucleares da Coreia do Sul e do Japão se reunirão na próxima segunda-feira (16), em Tóquio, a fim de dar uma resposta conjunta aos planos de lançamento norte-coreanos.
Zona de perigo
Diante da recusa no lançamento do satélite, Organização de Aviação Civil Internacional (Icao) alertou sobre a criação de duas zonas perigosas, no leste e oeste do país. A exemplo do que disse à Coreia do Sul e ao Japão, a Coreia do Norte afirmou que não recorrerá da decisão e que se trata de um lançamento de um satélite.
Em comunicado, a Icao afirmou que "uma zona perigosa é o espaço aéreo de dimensões definidas em que podem se desdobrar em determinados momentos atividades perigosas para o tráfego de aeronaves".
A Icao é um órgão ligado a ONU (Organização das Nações Unidas) encarregado da regulação do tráfego aéreo mundial. Segundo a entidade, a Coreia do Norte disse que o lançamento do satélite ocorrerá entre 4 e 8 de abril.
A Guarda Costeira do Japão e o ministro dos Transportes asseguraram que todos os navios e as tropas aéreas estão em estado de alerta. O porta-voz da Japan Airlines, uma das maiores empresas áereas do setor, afirmou que alguns voos serão cancelados neste período.
O governo da Rússia disse nesta sexta-feira que irá vigiar o sistema de detecção de mísseis, com a ameaça iminente de lançamento da Coreia do Norte.
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