terça-feira, 14 de abril de 2009

Coréia do Norte e o Conselho de Segurança

Coreia do Norte ameaça retomar programa nuclear em represália à ONU
Publicidade

da Folha Online

A Coreia do Norte afirmou nesta terça-feira que vai retomar seu programa nuclear e encerrar as discussões que mantinha sobre sua desnuclearização com o grupo dos seis países formado por ela, China, Japão, Rússia, Coreia do Sul e Estados Unidos como forma de protesto pelo documento do Conselho de Segurança da ONU que condenou o lançamento do foguete norte-coreano em 5 de abril.

Entenda o que está em jogo
Saiba mais sobre a Coreia do Norte
Coreia do Norte alegou satélite para atirar míssil em 98; veja cronologia

Em um comunicado, o ministro das Relações Exteriores norte-coreano afirmou que o país "rechaça firmemente" o documento da ONU que condena o lançamento, e que as conversas "entre os seis países [sobre a desnuclearização] não são mais necessárias". "Nós não participaremos nunca mais dessas discussões e não nos consideramos obrigados por nenhuma decisão adotada nessas instâncias". continua.

A nota diz ainda que a decisão do Conselho de Segurança viola a "soberania da Coreia do Norte" e "humilha severamente" a dignidade do povo norte-coreano.

O Norte disse ainda que vai restaurar as instalações nucleares que vinha desativando durante as conversar com o "grupo dos seis".

Pyongyang disse também que estudará de forma ativa a forma de construir um reator de água leve para gerar energia nuclear e que seguirá com seu "direito soberano" ao uso pacífico do espaço baseado no direito internacional, contra "a tirania" do Conselho de Segurança da ONU, o que pode indicar um novo teste com foguetes.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta segunda-feira um documento que condena a Coreia do Norte pelo lançamento do foguete de longo alcance realizado no domingo passado (5) e reforça suas sanções ao país comunista. Todos os 15 membros do conselho aprovaram a represália, fruto de acordo entre os cinco membros permanentes, que têm direito a veto --Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França.

Na sexta-feira passada (10), o governo japonês decidiu aumentar suas sanções sobre a Coreia do Norte e que prorrogará as impostas atualmente durante um ano em resposta ao lançamento, no último dia 4, de um foguete de longo alcance pelo regime comunista --e que Tóquio diz ser disfarce para testar um míssil.

Nenhum comentário: