Notícia proveniente do site de notícias G1.
Rússia não irá a reunião militar se Otan não cancelar manobras na Geórgia
Da EFE
Moscou, 20 abr (EFE).- O representante russo na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Dmitri Rogozin, afirmou hoje que a Rússia não assistirá a uma reunião dos chefes dos estados maiores militares de ambas as partes, se a Aliança não cancelar as manobras militares que planeja realizar na Geórgia.
"Se não houver nenhuma reação (aos protestos russos pelos exercícios), daremos alguns passos. Posso dizer que a reunião dos chefes dos estados maiores da Otan e da Rússia planejada para 7 de maio não acontecerá mais", disse Rogozin, segundo a agência "Interfax".
Qualificou de "provocação" a decisão da Otan de não cancelar essas manobras, planejadas há muito tempo, após a guerra russo-georgiana de agosto do ano passado.
Rogozin admitiu que acontecerá a reunião do Conselho Otan-Rússia em nível de embaixadores convocada para 29 de abril, uma semana antes do começo das manobras aliadas na Geórgia.
Esta será a primeira vez que se realizará um encontro formal deste fórum de diálogo entre os aliados e a Rússia desde que foi rompido o diálogo bilateral, devido ao conflito da Geórgia.
O objetivo será preparar uma reunião ministerial que acontecerá na segunda quinzena de maio, como se decidiu na passada cúpula de Estrasburgo.
Enquanto isso, o Ministérios da Defesa e o de Assuntos Exteriores da Rússia anunciaram que Moscou realiza exercícios próprios em grande escala no Cáucaso Norte russo, e também na Abkházia e na Ossétia do Sul, onde já havia 3,8 mil soldados russos em cada região.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, qualificou de "míope" e perigosa a decisão aliada de realizar essas manobras na Geórgia, o que, na opinião dele, dificulta a retomada do diálogo entre Rússia e a Otan.
A Chancelaria russa declarou que as manobras militares iniciadas por Moscou são de "caráter demonstrativo e de advertência" diante do "revanchismo" georgiano, em alusão a possíveis planos de Tbilisi de reconquistar os territórios separatistas. EFE
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