segunda-feira, 20 de abril de 2009

Exceção - CIA usou técnica de afogamento 183 vezes em acusado

Exceção contemporânea- Só atentar para o detalhe que o acusado foi preso no Paquistão. Mais uma demonstração de que os EUA tem jurisdição sobre todo o mundo não somente por meio de suas transnacionais.
Fonte: BBC Brasil

CIA usou técnica de afogamento 183 vezes em acusado pelo 11/9
Khalid Sheikh Mohammed foi preso no Paquistão em 2003

Sheikh Mohammed foi preso no Paquistão em 2003

A CIA (agência de inteligência americana) usou uma controversa técnica de interrogatório em que há simulação de afogamento 183 vezes durante um mês em Khalid Sheikh Mohammed, acusado de ser um dos responsáveis pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, de acordo com o jornal americano The New York Times.

A publicação analisou um memorando do Departamento de Justiça americano que comprova que o método, conhecido em inglês como waterboarding, foi usado todas essas vezes. A técnica foi empregada em interrogatórios durante a administração do presidente George W. Bush, mas foi banida pelo atual mandatário americano, Barack Obama.

Os interrogatórios de Mohammed, um dos líderes da rede extremista Al-Qaeda, aconteceram em março de 2003.

A técnica também foi usada pelo menos 83 vezes em agosto de 2002 em outro suspeito, Abu Zubaydah, disse o jornal.

Conheça as técnicas de interrogatório usadas pela CIA

Apoio

A revelação foi feita no mesmo dia em que o presidente americano, Barack Obama, reiterou durante uma visita à sede da CIA que nenhum oficial da agência terá sua identidade exposta ou responderá judicialmente por causa dos métodos usados na administração anterior.

Leia mais na BBC Brasil: Obama não processará agentes da CIA por técnicas controvertidas de interrogatório

Obama disse que os agentes da CIA continuam tendo seu "apoio total" e realizam um trabalho "indispensável para a segurança americana".

Mas o presidente americano disse que proibiu técnicas controversas de interrogatório, que muitos consideram tortura, por acreditar que "estamos mais seguros quando usamos nossos valores e a força da lei".

No domingo, o chefe da CIA no período em que as técnicas controversas foram usadas, Michael Hayden, disse que o fato de documentos da agência terem sido divulgados vai dificultar a tarefa de extrair informações úteis de suspeitos.

"Creio que ensinar aos nossos inimigos nossos limites, ao descartar certas técnicas, torna mais complicado para a CIA defender a nação", disse ele.

Nenhum comentário: